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Episódio 15 (2 de 3 - Fim de temporada)

“Acorde com um sorriso, levante com um suspiro, desperte com um beijo.”

-O dia está tão lindo... – Disse, em um tom casual, enquanto encarava uma linda e grande árvore da lua. – Como estão seus hospedes hoje? – Eu me referia aos pequenos pássaros que construíam um ninho em um de seus galhos mais baixos.

-Querida, o lanche está pronto! – Gritou minha mãe, de nossa cozinha.

-Já estou indo! – Disse, e abri um imenso sorriso ao sentir o cheiro de seu famoso bolo de laranja. Bem, famoso pro meu estômago. – Bem... – Encarei mais uma vez o ser-vivo fixo bem na minha frente. – Tenho que ir!

Nesse instante, senti uma gota doce se chocar contra uma de minhas bochechas. Outro sorriso se abriu, e em meus olhos nasceu a ansiedade. Eu queria sentir aquela chuva. Abri os braços, e então o céu deixou que suas lágrimas tocassem o meu corpo.

No rádio, uma conhecida música do Michael Jackson parecia dançar conforme meus passos sob a chuva: “You are not alone ( Single version).”

Eu tinha a vida perfeita, e esse dia me comprovou isso. O tempo se acostumava aos meus desejos.

Gostaria tanto de voltar no tempo... Queria sentir aquelas lágrimas mais uma vez. Queria poder sorrir para minha árvore preferida, minha melhor e solitária amiga. Queria estar com minha família...

Como será que eles estão agora?

...2 meses depois...

-Espero que estejam bem... – Sussurrou Isa, enquanto encarava o gigante portador dos machados. Seus olhos não desviavam do espírito mercenário nem por um segundo sequer.

Do outro lado da jaula, Micka e Paul ainda tiravam dúvidas um do outro em questão aos últimos dias.

-Espíritos mercenários acreditam que a ausência do amor em suas vidas seja culpa de Deus, - Continuava o garoto loiro. – Por isso não suportam quando alguém começa a falar dele.

-Isso é horrível! Quer dizer... Não faz sentido.

-Tente explicar para ele! –Sorriu, apontando com o nariz para a criatura/vigia que ainda segurava firme um dos machados. O mais aterrorizante de todos.

Era um grande machado negro com algumas partes vermelhas. Queriam muito acreditar que o vermelho era tinta.

-Paul... Você já encontrou um amor?

O rapaz abaixou a cabeça e começou a rabiscar o chão com o dedo. Havia muito tempo que ninguém lhe perguntava nada parecido com isso. Embora fosse um encarnado, um coração ainda batia em seu peito. Muitas vezes, ele descumpriu as ordens de Marianne por mágoas passadas relacionadas ao amor. Mas, é claro, ele nunca contaria isso para ninguém.

-Eu prefiro acreditar que não... – Respondeu, enfim, encarando mais uma vez a garota que lhe causava certa sensação estranha.

Micka o abraçou, e um frio sobrenatural surgiu em ambos. As mãos femininas começavam a suar, enquanto as outras as apertava suavemente, e seus olhos finalmente se fecharam.

-Não ignore o que Deus lhe deu, só porque o homem lhe tirou! – Completou Mickaella.

Esta era uma experiência muito difícil. Ninguém mais agüentava ficar preso naquele inferno de jaula.

Paul suspirou.

* * *

-Isso não te interessa no momento! – Respondeu o homem, revirando seus olhos e voltando-os para seu grande mascote. – Sairrus, acabe com ela!

O Tigre expôs suas grandes presas em um rugido, e então, sem pensar duas vezes, a ação começou.

-NÃO! – Gritou May, assustada, enquanto as lágrimas escorriam freneticamente por seu rosto sujo. Ela quase enlouqueceu quando algumas gotas de sangue respingaram em sua roupa.

O animal estava fazendo um belo trabalho. Logo, não havia mais vida nenhuma naquele corpo arrebentado que ocupava espaço no antigo chão.

* * *

Um grito assustador preencheu a atmosfera. Occino, o gigante, estava caindo de joelhos no chão. Suas mãos e suas pernas estavam se desfazendo. Desaparecendo, literalmente. Logo abaixo dele,formava-se uma poça negra de sangue demoníaco.

-Para trás! – Ordenou Paul, ajudando Micka a se levantar e colocando-se a sua frente.

Logo só o que restava eram suas unhas, uma enorme calça rasgada, e diversos machados maiores do que qualquer um no grupo. Paul se aproximou de algumas grades, para ver um pouco melhor o que estava havendo.

-O que houve? – Perguntou Tie, enquanto sua coruja e Burnstein saiam com facilidade da jaula.

-Bem... A doida aracnídea não faz mais parte desse mundo! – Respondeu com um sorriso. – Ela, e seu amigo mercenário, estão literalmente mortos!

-Mortos?

-Sim, quero dizer exatamente isso! Estamos livres, vamos! Não podemos mais perder tempo!

-Ah... – Inna se encolheu ao lado de Paula e Tie assim que viu algo estranho perto do seu lado da jaula. – Na verdade, temos um novo problema!

Estava no canto de trás esquerdo: Muitas aranhas. Milhares dela. Estavam todas se amontoando, formando, aos poucos, um novo ser vivo. Onde elas subiam, nessa nova criatura, grudavam e formavam uma nova parte dela.

-Abra a jaula agora, Paul! – Disse Paula, ficando mais horrorizada do que antes. – Se continuarmos presos aqui não teremos nenhuma chance! Estamos sem espaço!

E então foi! Paul chutou a porta de grades bem no meio, fazendo ir parar longe.

-VAMOS! SEJA O QUE FOR, ESTÁ QUASE PRONTO!

Todos saíram correndo, feito desesperado. Passaram pela abertura de pedra assim que Paul e Paula trabalharam juntos para abri-lo. Em alguns segundos eles conseguiram sair do estranho salão. Haviam, de algum modo que ambos não haviam entendido, voltado para a entrada da mansão. A porta de pedra se refez e se fechou logo atrás deles, com um horrível estrondo.

-May! – Gritou Inna, e correu para abraçar a amiga que chorava. Ignorando completamente o tigre branco que rugia e o corpo sem vida no chão.

-Esperem! – Gritou Paula, chamando a atenção de todos. – Não estamos esquecendo nada?

-O que? – Inna desfez o abraço em um salto, ainda sendo possuída por uma tremedeira surreal.

Um frio percorreu a espinha de Paul.

-Onde estão Micka e Tie?

Todos se entreolharam.

-E Burnstein e aquela coruja também não estão aqui! – Completou Inna.

* * *

-SOCORRO! – Gritava Tie, enquanto batia inutilmente na grande pedra.

-NOS TIREM DAQUI. – Micka tentava, sem sucesso, prender as lágrimas que tentavam escapar de seus olhos.

Logo o novo ser havia ganhado, de fato, a vida. Era uma grande aranha azul e preta

Um pouco maior que Occino, e em sua cauda havia um enorme ferrão negro e reluzente que parecia ter sido polido para a ocasião. E suas presas... Bem, eles deveriam evitá-las a qualquer custo.

-O que vamos fazer? – Perguntou Micka, enquanto ela, Tie, e os mascotes, se viravam para encarar a aranha gigante.

-Rezar para que não tenham lhe feito um estômago!

Os dois animais se transformaram em dois globos de luz cercados por fumaça. Um negro, e outro azul.

-Temos que enrolar até alguém nos tirar daqui!

Micka Assentiu. Não tinha nada mais a se fazer.

-Vamos!

 

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